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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Maioria do STF absolve ex-deputado do PT e outros dois de lavagem

Julgamento do crime gerou divergência no plenário

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Maioria no STF absolve ex-deputado do PT e outros dois réus por lavagem de dinheiro

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira, absolver três réus acusados de lavagem de dinheiro no caso do mensalão. Por 7 votos a 0, os magistrados consideraram inocentes a assessora do ex-deputado Paulo Rocha na época do escândalo, Anita Leocádia, o ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), e o chefe de gabinete do ex-ministro dos Transportes, José Luiz Alves. Após o voto de Antonio Dias Toffoli, a sessão foi encerrada. A análise do crime de lavagem de dinheiro será retomada na sessão de segunda-feira.
Toffoli acompanhou o revisor da ação penal, Ricardo Lewandowski, e absolveu todos os acusados. Mais cedo, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Marco Aurélio Mello também acompanharam Lewandowski. Luiz Fux seguiu o voto do relator do processo, Joaquim Barbosa, e optou pela condenação de três e absolvição de outros três réus. Ambos julgaram culpados o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e os ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA), João Magno (PT-MG).
Nesta etapa, os magistrados analisam as acusações envolvendo réus ligados ao PT e ao PL (atual PR). De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Paulo Rocha, valendo-se da intermediação dos então assessores Anita Leocádia e Charles Santos Dias, recebeu a quantia de R$ 820 mil. Já João Magno recebeu R$ 360 mil do publicitário Marcos Valério. Ainda segundo o MPF, Professor Luizinho recebeu, do esquema operado por Marcos Valério, a quantia de R$ 20 mil e o ex-ministro dos Transportes, R$ 1 milhão.
O STF analisa o processo do mensalão desde o dia 2 de agosto, quando voltou do recesso de julho. Até agora, dos sete capítulos da ação penal, quatro foram concluídos. Desde então, a Corte entendeu que houve desvio de dinheiro púbico na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil, gestão fraudulenta no Banco Rural, lavagem de dinheiro promovida pelo núcleo financeiro e publicitário, corrupção passiva entre os partidos da base aliada (PP, PL, PTB e PMDB) e corrupção ativa entre o antigo núcleo do PT formado pelo ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares. Marcos Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach e Simone Vasconcelos também foram condenados. O ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e a ex-funcionária de Marcos Valério, Geiza Dias foram absolvidos desta etapa.

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